Um empresário em Los Angeles decide ganhar dinheiro arriscando em turismo. Nem todos os americanos dormem em hospedadas nem comem no McDonald's quando viajam para o estrangeiro; alguns preferem desviar-se dos caminhos conhecidos. O empresário tem a idéia de patrocinar o turismo nas Sete Maravilhas do Mundo Antigo.
A maioria das maravilhas antigas, ele descobriu, não deixou vestígios. Mas há um movimento em favor da restauração dos Jardins Suspensos da Babilônia e, depois de muitas andanças, o empresário conseguiu fretar um avião, um ônibus, reservar acomodações e contratar um guia que prometeu deixar os turistas trabalhar junto com os arqueólogos profissionais. Exatamente a atividade que os aventureiros amam. O empresário encomendou uma série dispendiosa de propagandas na TV e as lançou durante os torneios de golfe, quando os turistas endinheirados os estarão acompanhando.
Para financiar seu sonho, o empresário conseguiu um empréstimo de um milhão de dólares de um capitalista especulador, calculando que depois da quarta viagem poderia cobrir as despesas da operação e começar a pagar o empréstimo.
Uma coisa, entretanto, ele não calculou: duas semanas antes de sua viagem inaugural, Saddam Hussein invadiu o Kuwait e o governo americano proibiu qualquer viagem ao Iraque, onde estão localizados os antigos Jardins Suspensos da Babilônia.
Ele agonizou por três semanas sem saber como dar a notícia ao capitalista especulador. Visitou bancos e não chegou a nenhuma conclusão. Pensou em hipotecar a própria casa, o que lhe garantiria apenas duzentos mil dólares, um quinto do que precisava. Finalmente, elaborou um plano comprometendo-se a pagar cinco mil dólares por mês durante o restante de sua vida. Redige um contrato e, enquanto o faz, a loucura se torna óbvia. Cinco mil dólares por mês não pagariam nem os juros do empréstimo que fizera. Além disso, onde iria arranjar cinco mil dólares todo mês? Mas a alternativa, a falência, arruinaria o seu crédito. Ele foi ao escritório do seu financiador na Rua da Desgraça; nervoso, gaguejou um pedido de desculpas, e então apresentou sua ridícula proposta de pagamentos mensais. Estava molhado de suor, apesar do ar-condicionado do escritório.
O especulador levanta a mão para interrompê-lo. "Espere um pouco. Do que você está falando? Devolução?" Ele ri. "Não seja tolo. Eu sou um especulador. Às vezes ganho, às vezes perco. Sabia que seu plano tinha riscos. Contudo, era uma boa idéia e não foi culpa sua que estourasse uma guerra. Esqueça." Pegou o contrato, rasgou-o e jogou-o no cesto de lixo.
A maioria das maravilhas antigas, ele descobriu, não deixou vestígios. Mas há um movimento em favor da restauração dos Jardins Suspensos da Babilônia e, depois de muitas andanças, o empresário conseguiu fretar um avião, um ônibus, reservar acomodações e contratar um guia que prometeu deixar os turistas trabalhar junto com os arqueólogos profissionais. Exatamente a atividade que os aventureiros amam. O empresário encomendou uma série dispendiosa de propagandas na TV e as lançou durante os torneios de golfe, quando os turistas endinheirados os estarão acompanhando.
Para financiar seu sonho, o empresário conseguiu um empréstimo de um milhão de dólares de um capitalista especulador, calculando que depois da quarta viagem poderia cobrir as despesas da operação e começar a pagar o empréstimo.
Uma coisa, entretanto, ele não calculou: duas semanas antes de sua viagem inaugural, Saddam Hussein invadiu o Kuwait e o governo americano proibiu qualquer viagem ao Iraque, onde estão localizados os antigos Jardins Suspensos da Babilônia.
Ele agonizou por três semanas sem saber como dar a notícia ao capitalista especulador. Visitou bancos e não chegou a nenhuma conclusão. Pensou em hipotecar a própria casa, o que lhe garantiria apenas duzentos mil dólares, um quinto do que precisava. Finalmente, elaborou um plano comprometendo-se a pagar cinco mil dólares por mês durante o restante de sua vida. Redige um contrato e, enquanto o faz, a loucura se torna óbvia. Cinco mil dólares por mês não pagariam nem os juros do empréstimo que fizera. Além disso, onde iria arranjar cinco mil dólares todo mês? Mas a alternativa, a falência, arruinaria o seu crédito. Ele foi ao escritório do seu financiador na Rua da Desgraça; nervoso, gaguejou um pedido de desculpas, e então apresentou sua ridícula proposta de pagamentos mensais. Estava molhado de suor, apesar do ar-condicionado do escritório.
O especulador levanta a mão para interrompê-lo. "Espere um pouco. Do que você está falando? Devolução?" Ele ri. "Não seja tolo. Eu sou um especulador. Às vezes ganho, às vezes perco. Sabia que seu plano tinha riscos. Contudo, era uma boa idéia e não foi culpa sua que estourasse uma guerra. Esqueça." Pegou o contrato, rasgou-o e jogou-o no cesto de lixo.
(Retirado do Livro "Maravilhosa graça" de Philip Yancey)
Quanto ao livro, recomendo. Não terminei ainda, mas até aqui é excelente! E provavelmente tenha mais posts desse livro aqui!
Nele, que nos convida a conhecer a graça de graça,
Joh
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